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Questa è una comunità dei partecipanti del Circolo Emilia-Romagna di San Paolo - associazione collegata alla Regione Emilia-Romagna, in cui lo scopo è quello di mantenere il rapporto tra i suoi membri e la regione di origine. Questa comunità è un mezzo di comunicazione tra i nostri associati e un mezzo di promozione del nostro Circolo, della Regione Emilia-Romagna e delle sue province.



Esta é uma comunidade dos participantes do Circolo Emilia-Romagna de São Paulo - associação vinculada a Região da Emilia Romagna (Itália), cujo objetivo é manter o relacionamento entre seus membros e a região de origem.Esta comunidade é mais um meio de comunicação, onde lançamos oportunidades de bolsa de estudos e estágios para descendentes da nossa região, propomos e divulgamos atividades internas, nos conhecemos e interagimos com novos membros.



sábado, 29 de junho de 2019

Sabores e Aromas da Emilia-Romagna

Quando falamos em Itália imediatamente nos vem em  mente a cultura gastronômica que nela habita. A revista Forbes coroou a culinária da Emilia-Romagna , proclamando-a como a região “onde melhor se come no mundo”.

O enviado da revista à região, David Rosengarten , escreveu em seu artigo:

"Se você perguntar a um italiano onde se encontra a melhor comida, quase sempre a resposta será ' a da minha mãe'. Mas se perguntarmos sobre regiões, a resposta mais provável será 'Na Emilia- Romagna', a fantástica região do centro-norte da Itália,  localizada no vale fértil do rio Po .

Quando tentamos explicar o fenômeno, geralmente indicamos o extraordinário número de produtos e pratos da região, incluindo o queijo Parmigiano Reggiano, o aceto (vinagre) balsâmico, o presunto de Parma, a massa tortellini e muito mais. No entanto  depois de uma recente viagem a este paraíso gastronômico, a sensação é de que não apenas um grupo específico de produtos contribui para a reputação gastronômica da região, mesmo na  Emilia-Romagna, como em toda parte há cozinha criativa: eles têm um restaurante de Cozinha Molecular com estrela Michelin  ( Osteria Francescana) e em seu menu se encontra  tagliatelle alla bolognesa. Olhando para a cozinha criativa da Emilia-Romagna, verifica-se que muitos pratos são baseados na alma gastronômica da região. A poderosa ligação dos chefs com a sua terra natal não pode ser abandonada.”

A beleza da Emilia-Romagna não se pensa, não se respira, se absorve, se faz comestível. Freud disse uma certa vez que “ir à Bologna é quase como reentrar no ventre materno”.

Para ilustrar este fato, vamos, numa descrição sucinta de alguns destes produtos, suas origens e seu processo de fabricação, fazer um giro nesta região rica de sabores e aromas.


O queijo Parmigiano-Reggiano

O queijo Parmigiano Reggiano é inimitável. É produzido em uma zona determinada que contem as províncias de Parma e Reggio, Modena e Bologna, à esquerda do Rio Reno. Por que este queijo não pode ser produzido em outros locais? O segredo provem de uma mistura única: a composição do solo,

o tipo de forragem nele plantado, as características da  água e do ambiente.  Essa soma não existe em outros locais.  Por não conter conservantes nem corantes é apreciado como uma especialidade gastronômica e também como produto dietético.

Suas origens são antiquíssimas, fontes bibliográficas da época romana confirmam sua existência desde o inicio da era cristã.

O testemunho mais preciso é aquele de Boccacio que em seu Decameron, escrito em torno de 1350, cita o queijo.

È, sem sombra de dúvida, que em 1200-1300 o parmesão já havia adquirido aquela tipificação perfeita e aquela notoriedade que se conservou imutável até nossos dias.

O Parmigiano-Reggiano é produzido da mesma forma por sete séculos: leite, coalho e fogo.
Existem diversos tipos de Parmigiano-Reggiano, fabricados entretanto pelo mesmo processo; o que os diferencia é o tempo de maturação. Os menos maturados (de 12/14 meses) são ideais para a degustação, os de maturação intermediária (18/24 meses) são ótimos para degustação e para serem ralados e os de maturação extrema (36 meses ou mais), de sabor mais acentuado, são normalmente ralados para uso culinário.

Para a produção de 1kg de queijo são utilizados 16 litros de leite.

O Parmigiano-Reggiano é o símbolo do mais autêntico artesanato gastronômico de toda a Itália.
 

O Rei dos presuntos


O Prosciutto di Parma é o rei dos presuntos e por este motivo a marca a fogo que garante a sua autenticidade representa uma coroa. Em Parma, o presunto já era produzido antes de Cristo. Anibal, depois da batalha de Trebbia em 217 a.C. foi acolhido em Parma como um libertador, sendo recebido com um banquete com o menu baseado em “coxas de leitão” que foi muito apreciado. O sal era o conservante mais usado na antiguidade e na região de Parma era fácil de encontrar nas salinas de Salsomaggiore. Mesmo sendo salgado o presunto de Parma é considerado “o mais doce” dentre os presuntos crus. Até hoje o sal é o único conservante utilizado em sua produção.

Para se obter este presunto tão especial é necessário tanto um modo específico de trabalha-lo como um  clima particular. Os melhores locais são os vales onde correntes de ar leves e constantes secam as carnes porém sem murcha-las, dando à elas uma consistência e maciez peculiar.

Uma curiosidade: os ambientes onde os presuntos são maturados se chamam “berçários” porque o presunto é colocado ali e cuidado como um bebê.  Nada acontece ao acaso, mesmo a abertura das janelas é controlada em função das correntes de ar e das estações do ano. A cidade de Langhirano, na província de Parma, é um destes locais de produção com alto grau de excelência. A sua produção ocorre sempre em altitudes inferiores à 900m. O resultado final são peças que pesam em torno de 7/8kg descontado o peso do osso. Caso se queira trazer o produto, este deve ser fatiado. Aliás um dos segredos na degustação do produto é que as fatias devam ser muito finas, praticamente transparente;

Para proteger e garantir a qualidade deste presunto os produtores constituíram em 1963 o Consorcio do Presunto de Parma (Consorzio del Prosciutto di Parma) que desde então fiscaliza a produção e escolha das matérias primas.

Além disto, em 1996 a Comunidade Europeia conferiu ao produto o Reconhecimento de Origem Protegida (DOP).

No província de Parma o presunto é chamado, em dialeto local, de “pàr-sut” ou seja, “parece seco”.
   
O Culatello de Zibelo


O culatello de Zibello DOP é um embutido produzido com as coxas dos suínos de raças específicas, ensacado cru e maturado.

Na sua produção utiliza a parte nobre das coxas posteriores dos suínos, desossadas, e salgadas manualmente à seco, operação esta que dura de 1 a 6 dias. Para o ensacamento se utilizam bexigas suínas que, em seguida, são amarradas com barbante dando uma forma de pera ao produto. Antes do processo de maturação  se procede à uma nova secagem que pode variar de 30 a 50 dias. A fase de maturação deve ser efetuada em locais onde esteja assegurada uma suficiente renovação de ar e uma temperatura compreendida entre 13  e 17  e se prolonga por um período superior à 10 meses.

Em sua forma final o culatello apresenta uma forma característica (de pera) e com um peso entre 3 e 5kg. O seu perfume é intenso e típico, o gosto doce e delicado.

A zona de produção se situa nas cidades de Zibello, Busseto, Soragna e Colorno, todas na província de Parma.

O culatello DOP é parte do patrimônio gastronômico e cultural da zona de produção, situada ao longo do rio Pó, cujas características do clima influenciam positivamente a maturação do produto.

O Salame de Felino


O salame de Felino é obtido graças à um conjunto de fatores geográficos naturais e humanos que proporcionam um resultado perfeito. Ele deve as suas características peculiares à uma série de ligações pontuais com o ambiente tais como fatores geográficos naturais e humanos que se referem às matérias primas, às técnicas de produção, aos ambientes de maturação e sobretudo à integração entre eles.

Graças à uma alimentação especifica são fornecidas às partes adiposas dos porcos as características necessárias para fazer deste salame uma especialidade.  A gordura utilizada, não só tem um baixo índice de colesterol mas também um elevado percentual de ácidos graxos não saturados, ou seja “bons”. A presença de fatores antioxidantes, como a vitamina E, além do mais protege a gordura do ranço como é fácil notar nas fatias que se apresentam magras e homogêneas.

A mistura, realizada sempre e rigorosamente com carnes frescas, que nunca foram congeladas, é constituída por porções musculares e adiposas selecionadas, sal na  porcentagem de 2,2 a 2,8, pimenta na porcentagem de 0,003 a 0,06 e alho triturado.

Com seus 8 séculos de história o salame é produzido com tecnologias que ficaram invariáveis nos últimos 100 anos salvo a superação do vínculo sazonal. Antigamente o abate dos porcos, a manipulação de duas carnes e a produção do salame ocorria apenas no inverno. Hoje a produção é possível durante todo o ano sempre sem recorrer ao congelamento das carnes que é absolutamente vedada.

A preparação do salame é feita triturando as carnes no moedor de carnes (com furos de 6 a mm) e misturando em seguida, de forma cuidadosa, todos os outros elementos. A seguir o salame é ensacado em tripas de suínos e amarrados com barbantes, sendo com eles pendurados nos locais de maturação.

A Mortadella de Bologna
  
A mortadella de Bologna é um embutido cozido, feito exclusivamente com carne suína, de forma cilíndrica ou oval, de cor rosa e com um aroma inconfundível, intenso e ligeiramente picante.

A sua origem deve ser pesquisada nas regiões da antiga Felsina etrusca e da Bonomia del Galli Boi, ricas em plantações de carvalho que forneciam bolotas saborosas aos números porcos locais, selvagens ou domesticados. Apenas em uma região rica de porcos poderia nascer este extraordinário produto, célebre em todo o mundo.

Na sua composição se utilizam apenas carnes suínas, atentamente selecionadas e trituradas.

Para a parte magra (de cor rosa) se utilizam músculos estriados obtidos das costas dos suínos (spalla).

Para a parte gorda (de cor branca) se utilizam as partes gordas mais consistentes e apreciadas dos porcos, a gordura do pescoço. Os cubos de gordura conferem ao embutido a sua doçura característica.
Além disto, podem ser usados a gordura suína dura, água, sabores naturais, especiarias e plantas aromáticas pistache, açúcar (dose máxima de 0,5%) nitrito de sódio e/ou potássio (dose máxima de 140 partes por milhão), ácido ascórbico e o seu sal sódico.

As carnes são misturadas e homogeneizadas. A seguir a mistura é colocada num triturador mecânico, passando por facas sucessivas sendo a ultima com furos de 0,9mm no máximo. Esta operação ocorre a temperatura de 1

A seguir são adicionados os cubos de gordura, previamente cortados e lavados com agua quente e secados. Uma vez prontos e após receberem sal, grãos de pimenta e aromas são distribuído uniformemente nas carnes trituradas e na proporção desejada (não menos que 15% segundo as Normas de Produção da Mortadella IGP).

A adição de pistache à massa é opcional e varia de acordo com o gosto do local onde serão consumidas. Historicamente na região de Bologna e norte da Italia são consumidas sem o pistache enquanto em outras regiões, como Roma, preferem a adição dele.

A mortadela é ensacada, amarrada e pendurada em quadros especiais, é colocada em celas onde se inicia um cozimento delicado em estufas especiais a ar seco. As mortadelas devem chegar ao menos à 70 em seu interior e o tempo de cozimento entre 8 e 26 horas dependendo do tamanho da peça. É este processo que transmite à Mortadella de Bologna o seu aroma e suavidade característicos. A mortadela é feita em diversos tamanhos, as de maior tamanho apresentam um melhor sabor, mais aprofundado, em função do maior tempo de cozimento.

A seguir a mortadela passa por uma ducha de água fria e permanece um tempo num local de resfriamento que permite que o produto se estabilize. Ele se transforma num produto realmente único!

O Aceto Balsâmico Tradicional de Modena

A União Europeia estabeleceu que só o vinagre proveniente das cidades de Modena e de Reggio Emilia, derivados do mosto de uvas e com pelo menos 12 anos de envelhecimento em barris de madeira, possa receber o título de Balsâmico Tradicional. É um exemplo clássico de como, às vezes, uma simples palavra (neste caso “Tradicional”) pode ser importante, mudar as coisas e esclarecer dúvidas.
 
O aceto balsâmico comum se encontra facilmente no mercado e a preço bastante acessível. Já o aceto balsâmico tradicional é outra coisa, tanto quanto a sua qualidade como raridade.

O aceto balsâmico tradicional é colocado no mercado com dois tipos de envelhecimento: um com pelo menos 12 anos e o outro, um tipo extra, com mais de 25 anos de envelhecimento.

Dizem que o mais velho (ouro negro) teve uma origem casual: um mosto curado, esquecido em uma vasilha e encontrado depois de um longo tempo teria apresentado sinais de uma grande e particular acetificação.

Hoje o tipo mais velho se apresenta como um liquido xaroposo, denso, saboroso e perfumado, de cor muito escura. Ao mesmo tempo ácido e doce, de deliciosa fragrância, pode ser consumido até como licor.

Este precioso produto é obtido através de uvas típicas de Modena (Trebbiano di Spagna, Lambrusco di Sorbara, Salamino di Santa Croce e outras). Para se obter 100 litros de mosto curado são necessários 300kg de uvas. Este mosto passa, no decorrer dos anos, dentro de diversos barris pequenos de madeira, com volume decrescente.

Deve-se ao tempo, aos efeitos que os diversos tipos de madeira dos barris (carvalho, castanheira, cerejeira, etc) e à experiência do homem, a geração de um balsâmico de excelente qualidade que estará depositado no ultimo barril. Cada pequeno barril tem uma função precisa: a fermentação, a maturação e o envelhecimento.

Os ambientes ideais para estoca-los devem ser bem aerados. Não por acaso o Duque d’Este tinha o seu depósito de aceto balsâmico numa torre do palácio Ducal de Modena, aberto a sudoeste.

Em resumo, o aceto balsâmico tradicional é um produto único e irrepetível.

O Tortellino de Bologna

Como sabemos, a excelência da produção e o consumo de massas são notórios em toda a Itália. Existem centenas de tipos de massas simples obtidas por trefilação (spaghette, tagliarine, linguine, etc), massas estampadas e trabalhadas (farfalle, conchiglia, etc) e massas recheadas (tortelle, tortellino,agnoline, etc).

Na Região da Emilia –Romagna, especialmente em sua capital, Bologna,  a massa mais tradicional e apreciada é o tortellino de Bologna, cuja receita foi decretada solenemente pela “Dota Confraternita del Tortellino” e depositada com ato notarial na Câmara de Comercio de Bologna, situado no Palazzo dela Mercanzia, em 15 de abril de 2008. Esta receita transcrevemos aqui:

Ingredientes da massa (para 4 pessoas):
400g de farinha de trigo 00, 4 ovos inteiros de galinha, uma pitada de sal e 1 a 2 colheres de farinha para  processamento.

Preparação da massa
Misturar a mão, com maestria, e com um o uso refinado do rolo se obterá uma massa que deve ser bastante fina. Esta massa deve ser enrolada num pano de prato para enxugar ligeiramente. Neste ponto ela estará pronta para ser estendida numa tábua de madeira e ser cortada em quadrados.

Formatação do tortellino

Cortar a massa em quadrados com cerca de 4/4.5 cm de lado e no centro se coloca a quantidade correta de recheio. Eles devem ser confeccionados bem pequenos, de forma a poderem ser contidos em bom numero numa colher de sopa.

O recheio, à exemplo da massa, teve a sua receita também solenemente decretada pela “Delegazione di Bologna dell’ Accademia Italiana dela Cucina” e pela “Dotta Cofraternita del Tortellino” e depositada com ato notarial na Camara de Comercio de Bologna em 7 de dezembro de 1974.

Ingredientes do recheio (para confecção de 1.000 peças)

300g de lombo de porco, 300g de presunto cru, 300g da verdadeira mortadela de Bologna, 450g de queijo Parmigiano-Reggiano, 3 ovos inteiros de galinha, um pouco de noz moscada.

Preparação do recheio

A preparação deve ser muito cuidadosa. O lombo deve ficar em repouso por 2 dias coberto com uma mistura de sal, pimenta, alecrim e alho, a seguir cozido em fogo lento com um pouco de manteiga e depois tirado da panela e limpo de seus aromas. Finalmente, sobre uma tábua de madeira, se tritura muito finamente o lombo, o presunto e a mortadela e se faz a mistura deles com o parmesão e os ovos, adicionando um pouco de noz moscada. Esta pasta deve ser misturada muito bem, até ficar amalgamada e deixada em repouso ao menos por 24 horas antes de ser utilizada no recheio do tortellino.

Preparação do Tortellino

Os quadrados de massa já com o recheio colocado sobre eles são dobrados sobre si mesmos criando uma forma triangular que, graças à prodigiosa habilidade das donas de casa bolognesas, entrelaçam as massa em torno da ponta do dedo indicador e com uma ligeira pressão dos dedos, o fecha.

Consumo do Tortellino

Para se degustar um bom tortellino é indispensável se dispor de um excelente caldo que se obtem colocando numa panela um frango caipira (não criado com ração) com adição de carnes notoriamente aptas na confecção de um caldo.

Segundo a tradição Petroniana o Tortellino deve ser consumido no caldo e acompanhado por um bom vinho como o Lambrusco tinto, Sangiovese ou Trebbiano.

Curiosidades

No fim do século 18, um engenheiro chamado Giuseppe Ceri ajudou a consolidar essa lenda. Disse que a massa nasceu na localidade de Castelfranco Emilia, na estrada que liga Bologna a Modena, inspirada no umbigo de Vênus, deusa do amor e da beleza. Após uma noite de amor a três, da qual participaram Baco, deus do vinho e da embriaguez, e Marte, deus da guerra, ela acordou sozinha. Acreditando ter sido abandonada, chamou o dono da hospedagem para saber se os parceiros haviam partido. Sua nudez extasiou o homem, que desceu à cozinha e fez uma massa reproduzindo o divino umbigo. Uma história parecida, com outros personagens, fala de um taverneiro que espiou uma bela mulher pelo buraco da fechadura. Igualmente deslumbrado, homenageou o umbigo feminino com uma massa recheada.

Outra curiosidade é uma citação anônima tirada do guia turístico de Bologna, editado pelo Touring Club Italiano:

“Se o Pai do gênero humano perdeu o Paraiso por uma maçã, o que ele não daria  por um prato de tortellini?”


Monumento ao Tortellino – Castelfranco Emilia



Os vinhos

À exemplo dos alimentos, a região Emilia-Romagna também produz uma série infinita de vinhos de excelente qualidade. Apenas a título de exemplo vamos citar alguns tipos de vinhos DOC produzidos na Região, listados pela província de produção. Não detalharemos os vinhos em si, sua forma de produção, a combinação vinho/alimento porque seria muito extenso e não é a  intenção deste texto.

Albana - cultivado nas colinas de Forlì-Cesena, Ravenna, Bologna;
Centesimino - cultivado desde o século XVII sobre as colinas de Faenza;
Famoso (também chamado de “Uva Rambela”) - atualmente cultivado nas zonas de Forlì, Bertinoro, Faenza, Brisighella e Bagnacavallo;
Fortana - cultivado ao longo da Costa Adriatica, na área de Ferrara entrando no território dos "Vini delle Sabbie";
Gutturnio - vinho simbolo da enologia piacentina
Lambrusco - difusa nos campos que vai desde Parma e se estende no sentido leste até compreender os territórios reggiano e modenês
Longanesi - cultivado no coração da Romagna, na planície que circonda o Bagnacavallo, na próvíncia de Ravenna, sendo coltivado também por algumas vinícolas da primeira colina faentina
Malvasia - encontra-se sobre as doces colinas de Parma e Piacenza
Ortrugo - presentes no piacentino desde a epoca pré-cristã
Pagadebit - a área de produção compreende a faixa das colinas de Ravenna, Forli-Cesena e Rimini, em particolar nas cidades de Bertinoro e Castrocaro Terme
Pignoletto - cultivado nas colinas no entorno de Bologna
Rebola - presente desde tempos antigos no territorio de Rimini
Sangiovese - indiscustido senhor das collinas entre Rimini e Imola
Spergola - vitinho típico da zona de Scandiano, na província de Reggio Emilia
Trebbiano - é a variedade de uva branca mais cultivada em Emilia Romagna, particularmente na província de Ravenna



O que trazer da Emilia-Romagna para o Brasil

Agora que vimos alguns dentre os inúmeros dos sabores e aromas que a Emilia-Romagna pode nos oferecer, a boa informação é que, quase todos estes, além de consumirmos na Italia também podem ser trazidos ao Brasil. A única exceção é o tortellino, que por ser um produto artesanal, não tem a entrada autorizada no pais. A opção, neste caso, seria trazer o tortellino industrializado, seco e embalado pelo fabricante, como as demais massas. Apesar de em termos de sabor ficar muito distante do tortellino original, pode nos ajudar a relembrar a massa  e nos convidar a uma nova viagem.

Antigamente nenhum produto de origem animal, a base de leite e a base de ovos podia ser trazido. Entretanto, em 2016, o Ministério da Agricultura, através da Instrução Normativa MAPA n  11, de 10/05/2016 permitiu a entrada destes produtos desde que protegidos pela embalagem do fabricante onde conste a composição e dados de produção/maturação quando exigido e em quantidades controladas. As embalagens devem ser seladas à vácuo, porém é vedada a entrada de produtos fracionado em supermercados (tipo queijo/frios) , mesmo embalados à vácuo, por não terem o rótulo do fabricante. 

Para os queijos é permitida a entrada de até 5kg por pessoa, devendo entretanto serem do tipo curado, com pelo menos 60 dias de maturação, não sendo permitidos queijos do tipo “fresco”, brie, etc. Caso fracionados, como falamos acima, deverão trazer na embalagem o rótulo do produtor com as suas caraterísticas.

Para os derivados de carne (prosciutto, culatello, salame, mortadela) a quantidade permitida é de até 10kg por pessoa devendo, caso fracionados, estar embalados à vácuo, com o rótulo do fabricante e suas características.

Para os vinhos é permitida a entrada de até 12 litros por pessoa. Como as embalagens dos vinhos são, normalmente, de 0,75 litros são permitidas até 16 garrafas. O acondicionamento das garrafas deve ser feita de forma adequada de acordo com as normas das companhias aéreas.

Degustem com prazer todos estes sabores da Emilia-Romagna. Eles são inigualáveis!

Por: Annalisa Fazzioli Tavares

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